Lixo. Esgoto. Carniça. Putrefação. Dejeto. Ceborréia. Suór de vaca prenha de bezerro mutante. Fedor de hálito de anciã sem dentes presa pelos parentes dentro da lata de lixo do banheiro da empregada trancada por dentro. Catarro. Excreção. Viscosidade da última gota de corisa escorrida pelo pescoço. Lambida na sola do pé de um grupo de soldados sebosos vindo da batalha do Iraque. Mergulho em toda a pasta expelida por todos os cravos do mundo espremidos ao mesmo tempo. Nojo. Regurgitação. Vômito das próprias vísceras acompanhado de um platelminto bígamo. Golfada de macaco velho. Defecação. Embebido de urina de camelo raquítico no deserto do Saara. Excremento.
Nojeira travestida de um sentimento baixo por si próprio.
O cúmulo da baixa auto-estima representado pelo curioso ato de sentir-se na merda.
Fossem palavras ditas, sentirias o cheiro ocre do fracasso.
Fossem lágrimas, seriam chorume.
2 comentários:
Senti-me voltando ao cursinho para ler um texto de Augusto dos Anjos... Ainda bem que meu estômago é forte!
Mas, apesar da "dureza", sempre lindo e polêmico!
Tem textinhos novos no meu blog...
Xero, te amo!
se superasse hein...to sentindo o fedor daqui!
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