sábado, dezembro 27, 2008
A lição
sexta-feira, dezembro 26, 2008
Não diga...
segunda-feira, dezembro 01, 2008
sexta-feira, novembro 28, 2008
É o que marca

Comprei minha calça levi's
pra você me notar
usei o rayban na gola
só pra me amostrar
e enfeitar minha propaganda
de uma vida mansa
cheia de banda
de rock
pra rolar
Nada do gentleman
no meu perfume
te causar ciúme
nem o prada do meu cinto
ou nike dos meus shoes
nem mesmo os shox
sinto
de você
Minha camisa da osklen
a mochila adidas
nem fizeram vitrine
você nem
quis ver...
Apesar de tanto coração
Só vi nas pegadas de seus pés descalços
os passos de uma escolha errada
apontando proutra direção.
quarta-feira, novembro 12, 2008
Imperativo negativo

Vá arrumar o que perder
Vá largar pra não ter
Vá sofrer pra colar
Vá dormir pra acordar
Vá torcer pra não ver
Vá lembrar de esquecer
Vá querer sem se dar
Vá afrouxar pra não doer
Vá chorar pra não sorrir
Vá mentir pra demorar
Vá enrolar pra não seguir
Vá cair pra lá ficar
Vá aquém
Vá também
Vá,
e ninguém
te dirá
meu bem.
quarta-feira, novembro 05, 2008
Tempo de adiar

Espera o tempo, empurra o vento
sabe do momento, mas não dá.
A mão acena pra que irá ajudar,
pois se o tempo é que é preciso
isso o relógio não fará.
Protela, adia, afasta a hora
Remói, covardia, depura a demora.
...
E
continua
fraco e forte - à espera -
do transporte
que não virá.
quarta-feira, setembro 24, 2008
O problema

quinta-feira, setembro 04, 2008
Gelo e inferno

quarta-feira, agosto 27, 2008
Memórias

sexta-feira, agosto 15, 2008
Daqui da madrugada

Ah travesseiro,
prezado companheiro
das tragédias de todo dia
de todas as noites
que acabam, afoitas,
antes da hora de chegar a hora
do dia raiar.
Pra quantos lados terei que virar?
Pra quantos santos terei de orar?
Pra adormecer,
esquecer e não sentir
que sonhar acordado
é bem melhor
que forçar dormir...
Ah travesseiro,
maldito companheiro,
conte àquela noite mal-dormida
que minha vida
é quase sempre assim:
uma tentativa sofrida
de vencer no fim.
Deixe os olhos cansados notarem
tudo que eu não quero perceber direito
mas dê um jeito deles fecharem
apenas quando a noite não fizer mais efeito.
quinta-feira, agosto 07, 2008
Tem?

7 e 30 - despertador do celular: reprogramo pra 7 e 50 e viro cansado.
7 e 50 - despertador do celular: reprogramo pra 8 e 15 e viro preocupado.
8 e 05 - me levanto, com raiva.
8 e 35 - indo para a parada de ônibus, cheio de material pra estudar e minha havaiana de listras marrons e amarelas na bolsa. E um casaco tb. Faz frio naquele necrotério chamado biblioteca.
De 8 e 50 às 9 e 40 - ônibus lotado e quente. Quente. Quente. Uma velhinha pega meus milhões de livros. Isso é bom. Velhinhos nunca pegam livros. Ah! Um lugar vago na janela. Vou abrir. Como as pessoas agüentam ficar nesse mormaço, só para não ganhar alguns poucos pingos de chuva?
9 e 40 - desço. Iasc tá logo ali. Quero voltar.
9 e 45 - trombadinhas à frente. é melhor esconder o celular.
9 e 50 - estou ligando meu computador, pego o protocolo daqui que está em outro setor, e começo a despachar as pendências.
11 e 36 - estou livre de obrigações neste momento. Já li o blog de Zeca camargo, já comentei. Já falei com Carmen, ao telefone. Já ouvi dela que não a amo mais. Também já recebi uma mensagem de Lourdes dizendo que eu tb não a amo. Que interessante...Como as pessoas sabem mais do meu amor do que eu?
Já me amaldiçoei por não ter aqui nesse pc a tese que eu vou apresentar no Congresso de Anamaria, pois eu queria corrigir alguns detalhes. Já ouvi o CD ao vivo de Eva Cassidy , "LIve at Blues Ailley" e o "12 Memories", do Travis. Agorinha começou o "Girls and Boys", de Ingrid Michaelson.
Tem dia menos interessante? Tem perspectiva mais desejada?
Vou mimbora estudar.
terça-feira, agosto 05, 2008
O esconderijo

simpática e desajeitosa
esse é meu sonho mais feliz
Desse desalinho não-nato
Dessa sujeira limpa
que me (des)cobre a imaturidade
Vivo esse sonho
enquanto durmo por obrigação
da preguiça
E sofro longe disso
inerte na velha gordura
que ainda cobre
minha vida magra
e meus medos
mais escondidos.
quinta-feira, julho 03, 2008
Blog

O hábito advindo com a experiência vitoriosa dos 'blogs' na internet de uma certa maneira vai de encontro à preguiça sempre taxada como característica da geração internet. Ao contrário da simplificação de mundo imposta pelo mundo virtual, os blogs o expandem, detalham as culturas, os hábitos e os costumes. Explico.
Antes do "boom" de blogs, havia 'fotologs' - que ainda existem, embora em menos número, muito por conta do orkut, suponho -, e estes nada mais são do que a exposição de fotos - muitas vezes pessoais - acompanhados de textos, que serviam como mera ilustração ou explicação da situação na foto, etc. Em sua grande maioria, os fotologs serviam como um sintoma da necessidade de exibição, acompanhados de textos quase sempre modestos - para não dizer pobres. Os blogs surgiram como um caminho oposto.
Primeiramente, a proposta era criar um diário vitual, nos quais os indivíduos desabafariam assuntos por eles escolhidos, qualquer coisa, qualquer baboseira. Entretanto, nos blogs, a importância seria dada à palavra, e não à imagem. Atualmente, existem blogs para todos os gostos. Existem, sim, os diários virtuais - muitos deles criativos -, mas ampliou-se o leque de possibilidades: há blogs de opinião, de resenhas, de críticas de cinema e música, de informação, de downloads, de links, literários, e até de - ora essa - imagens. Quase tudo na internet hoje termina ou começa através de um blog. Quase todo artista que se preze hoje atualiza um blog, a fim de interagir melhor com seu público e angariar outros tantos- ou simplesmente pela legítima vontade de se expressar pela palavra, como qualquer outro. Qualquer um cuja necessidade de desabafo seja tanta, que precise da liberdade de um infinito de palavras com quem conversar, hoje tem um blog à disposição. E adiante seguem inúmeros exemplos.
O cerne da questão que me vem escrever é justamente o inusitado que é perceber o crescimento do hábito de ler e escrever através de blogs, numa geração que foi - e é - tão taxada de preguiçosa para estas duas boas tarefas. Acadêmicos viram nesses espaços um universo de possibilidade de exposição de idéias. Blogs de humor e de curiosidades hoje são as vedetes desse universo, e servem como escracho de tudo e todos, sem dó, nem piedade.
Presenciar essa revolução de hábitos na internet - e participar dela - é, no mínimo, digno de emitir opinião. E a minha é que, quebradas as barreiras limitadoras de uma postura antipática da leitura tão inimiga do mundo virtual, deve-se nesse momento lutar pela qualidade do que se faz, do que se exibe, do que se escreve, do que se lê. Não se trata de uma crítica à ignorância ou uma espécie de auto-denominação de padrão de qualidade, mas, com a difusão de idéias - e de liberdade de formatos - há um cuidado a ser tomado com que se toma como verdade. Um blog de notícias descomprometido com a realidade pode iludir e difundir mentiras. Um mal-intencionado pode disseminar idéias nazistas, elaborar assassinatos - como já aconteceu e certamente acontece, e pessoas têm acesso fácil e facilitado para isso. Blogs e sites de conteúdo pornográfico estão à mercê da visita de crianças!! E, em tempos nos quais pais se encontram cada vez mais distantes, e a infância disfarçadamente 'adultecida' é preocupante. Enfim. Junto com cada avanço, vêm os problemas, os excessos e os males.
E cabe a nós, usuários dessa ferramenta, almejar o dia em que a consciência seja aliada de toda boa ferramenta de comunicação. Não há como impedir a criação de agressões em forma de blog. Mas há como os servidores apagá-los. Não há como eliminar os destruidores de toda boa construção. Mas há como os afastá-los de nosso convívio. Sigamos na contra-corrente dos rótulos definidores de uma geração preguiçosa. Continuemos nos expressando. Continuemos livres para falar, dizer, conversar, comentar. Mas sejamos vigilantes da qualidade. Por mais que nossa qualidade seja, para muitos, muita porcaria.
quinta-feira, junho 05, 2008
Pra sempre

quarta-feira, junho 04, 2008
O abismo

segunda-feira, junho 02, 2008
Toda alma é meio gente

Toda alma é meio besta, meio tapada, natural. Toda ela é boçal, medrosa das perdas e saudosa dos ganhos que ainda não teve. Toda alma é quase tudo, pois cada dono possui um absurdo e vasto mundo fervendo na panela. É retrato do retrato do mosaico mais elaborado, como gente dividida e junta tudo reunida. Toda alma é meio lençol de cama quando ficam as marcas de quem ama. Toda ela é meio susto da verdade de existir, é meio medo do escuro de esconder. É meio revelação dos desejos mais criminosos, libidinosos e nossos. Toda alma é meio careta, um tanto quanto afeita à resistência de tudo que vem de novo. Toda ela é meio pra cima, quase pro meio, um tanto pra baixo, a julgar o humor. Dependendo do amor. Do que dói. Ou do que destrói, sem licença, sem desculpa, e sem ‘por favor’. Toda alma é toda etérea, meio fumaça, quase eterna, um tanto desgraça. Uma parte é do mundo de lá, outra do de cá, as duas dos dois e nenhuma sofre à toa. Nem todas boas, algumas más, todas erram, outras acertam, várias delas consertam. Nenhuma fica pra trás, todas vão adiante; toda ela é tão errante quanto o corpo que as abriga. Toda alma é suja de alguma mancha que ficou, e quase nenhuma não leva no dorso mágoa ou rancor. Toda alma é paciente, seja no sul ou ocidente, seja no norte ou oriente, qualquer lugar pra que se aponte. É tudo igual e diferente, tanto de lado, quanto ao avesso ou de frente.
Toda alma é meio gente brincando de ser inconseqüente.
* imagem por João Lobo
Rastro
quinta-feira, maio 29, 2008
Many Shades of Black

domingo, maio 18, 2008
À fogueira

*
Sou todo assim e assando.
sexta-feira, maio 02, 2008
Pra quê chorar?

segunda-feira, abril 21, 2008
Promiscuidade

O ser humano possui essa tendência limitadora (não errada, afirmo) de criar pódiuns mentais, de estabelecer critérios de desempates entre as pessoas, de caracterizá-las como em listas, mascarando tal atitude como "estabelecer prioridades". Eu chamaria isso de propriedade privada do coletivo.
Para explicar melhor meu ponto de vista devo acrescentar que a pessoa precisa se fazer importante para a outra. Seja nos 5 minutos que têm para tanto, seja nas 24 horas. E essa importância não se faz com declarações, não se cria com presença apenas. Esse valor é natural. Não é uma obrigação a ser necessariamente conquistada, muito menos um objetivo obrigatório. Pessoas se gostam. Elas aprendem a se admirar, e esforço não é contundente para isso.
Gosto de colecionar meus pares. Muito me agrada ter vários laços, muitas vezes difíceis de administrar, sendo quase sempre impossível de agradar a todos. E essa união de grupos dos mais diversos me faz experimentar as mesmas sensações, travestida de posturas diferentes. Como numa espécie de adaptação instintiva, confesso que gosto de conhecer as excentricidades alheias, e, se não me agradam, sobrevivo a elas, aprendendo com o exemplo que não quero para mim. Se me conquistam, quero-as perto, como parte da coleção. Uma espécie de troféu do coração.
O grande desafio desta tarefa é conviver com a diversidade de temperamentos. É preencher as expectativas que os outros depositam sobre você. E, diante da inexistência de perfeição, é humano perceber que, apesar das impossibilidades, o que é verdadeiro sempre fica. E, com esse jeito agregatório, prefiro construir alicerces das mais diversas arquiteturas, texturas, modelos e materiais. Minha base se faz mais sólida. E, meu projeto de vida, mais valoroso.
Mais resistente aos impropérios da vida.
segunda-feira, março 24, 2008
Mais uma vez e novamente

Que quando um amor assim se acaba, pode haver ninguém.
Dessa vez não foi diferente, eu ouso até dizer
essa tortura que a gente não pôde esconder
destruiu minha paciência dada a você.
Tantos protestos do seu corpo tive que agüentar
Mesmo querendo tal distância não pude evitar
Premissas e convencimentos me adiaram a dor
de partir antes que esquecesse desse seu amor
toda loucura consagrada num pranto sem cor.
Mas olha bem
Não é porque eu sou sozinho, hein
que você joga esse seu charme e tem
todo o meu tempo e sentimento guardado na mão
e me devora todo alarde que inventara em vão
Pensa bem
Não crie dúvida em seu coração
me deixe em dívida com a compaixão
Pois nesse jogo de pecado, só não quero ter ao lado
alguém sem razão.
Não, não, não,
não peça perdão
Quem vem pode ter boa intenção...
Vai, sai, me distrai toda essa tensão
Sempre que eu prevejo o jogo erro sem querer
Toda vez que eu me despeço tropeço em você
Mas não demora muito a hora da gente saber
Que a vitória é mesmo de quem não souber sofrer
Minha loucura me pedindo doida pra ficar
Meu raciocínio calculando o quão veloz correr
Sua presença em sacrifício motiva a tentar
Mais uma vez e novamente, dessa vez é diferente?
Você não será ausente? Vou tentar, não se atormente...
Arrependimento sente quem pagou pra ver.
sexta-feira, março 14, 2008
Hiato

terça-feira, janeiro 29, 2008
Demônio na estrada

quinta-feira, janeiro 24, 2008
Ledger...Lenda?


James dean, Bruce Lee, Brandon Lee, River Phoenix. Estrelas precocemente levadas do recinto terreno, pelos mais diversos motivos. Tão chocante e repentino se torna o fato, que logo se tornam mártires. Numa espécie de marketing pessoal póstumo (e mórbido), tais estrelas alçam, mesmo após a morte, algo semelhante à "Calçada da Fama" de nossas consciências. Como numa espécie de agradecimento pelo pouco (ou não) a nós por eles proporcionado - em virtude da brevidade de suas vidas-, além de uma forma de recompensa pelo trágico da chegada da morte em idade tão pouca, prontamente a opinião pública os imortaliza, criando uma espécie de símbolo da fragilidade da vida ante à irremediabilidade da morte.
sexta-feira, janeiro 18, 2008
Beatles do Século XXI


sábado, janeiro 12, 2008
Diagnóstico

que estou curado
que os batimentos
estavam acelerados
por conta de alguns tormentos
não resolvidos
mas basta uma dose de um certo remédio
pra destruir o tédio
e levantar todos os prédios
que desabaram
quando você se ia.
O que eu não via
talvez você também não enxergasse:
uma miopia e uma cegueira
juntando desastres.
Mas basta uma nesga de coragem
e de impetuoso desejo de limpar arestas
que do pranto se faz festas.
Pressão aumenta, esperança renovada
cá estou à espera de uma outra levada
que junte minha vontade com o que desejas
e transforme tudo que não foi
em algo que talvez seja.