sexta-feira, novembro 23, 2007

Carta pré-adolescente



Nunca quis de nada coisa alguma

Toda espera é eterna enquanto dura

Vida pensada é nenhuma

que não a ordem que se atura


Expectativa sem decepção

Impossível de achar

Nem naquela canção

Que você não soube cantar


Minha voz só no vento

Fez o eco do tremor de minha alma

Pois o aguardo dos seus alentos

Do jeito que pensas, não me acalma


Tenho a dor de te projetar em pensamento

Embora sofra por não tê-la ao peito

Tenho-na guardada, dentro

Mas por fora, nada feito.


Sei que é grave incentivar tristeza

E remoer dores, cruel demais

Mas é por sua beleza,

que meu coração corre atrás.


Difícil disfarçar, controlar qualquer fervor,

Mesmo em gente obscura como eu,

São assim, essas coisas de amor

Só não machucam aquele que disso já morreu.

Um comentário:

Anônimo disse...

Essa é pre-adolescente mesmo... melodramática como tal, mas não deixa de ser sentida por todas as idades, né?