sexta-feira, abril 20, 2007

Maviosidade


Se o teu ego te impede
de erguer-se da redoma que
criou para isolar-se de mim,
saiba que o meu também me nega
o desejo de quebrar cada rachadura
que a sua angústia deixa
no vidro de sua proteção.

Como dois errantes
sobre o mesmo caminho diferente
de sentidos opostos,
é difícil encontrar sinais
de procura nos seus desvios,
por mais comuns que eles sejam.

(E por mais que eu queira)

Sendo assim,
eu, na virtuose do orgulho de cultivar orgulho,
e você, com a sobriedade das vestes maléficas no coração,
- o tripé do ódio, egoísmo e interesse que fantasiam sua alma -
tornamo-nos reféns do tudo que poderia tanto mais ser
e o que não é.
Para que retornemos ao que éramos
antes de tudo mudar,
basta lembrarmos de que, na verdade, não houve mudança alguma.
Apenas a vontade sua não encontrou na minha
um lugar para ficar à vontade.

Sigo em busca de sua maviosidade.
E você trate de restaurar meus desmantelos.
Quiçá ainda tenhamos tempo...

Logo nós, que parecíamos tão sincronizados...





3 comentários:

Anônimo disse...

Minha pessoinha [b]muito[/b] se identifica com este texto... Adorei!
TE AMO!
=***

Hélio Nunes disse...

romântico orgulhoso esse hein?

"piracento" ( não sei se é assim q se escreve! )!

assim o prefiro, do que naquela enfadonha roupagem de amor platônico, longe de qualquer realização concreta!

parabéns meu amigo higgo!

invejo sua destreza com as palavras!

inclusive tive q usar o "pai dos quadrúpedes" para descobrir o que seria maviosidade.

mas um dia ainda chego aí... em cima!

abração!

Anônimo disse...

=)