terça-feira, agosto 01, 2006

A hora dos cafajestes


E se disseminam as bandeiras de cores vivas e de números fáceis pelas esquinas, pontes e sinais dessa cidade. E se avolumam as promessas baratas, as politicagens mascaradas pela 'política', a troca de interesses, as ilusões. É chegado o momento de discutir o já sabido, de 'fingir' apoio em troca de algum favor pessoal, de ganhar 'simpatias' falsas e abraços irrelevantes, mas bonitos de se ver na foto. É chegada a hora do voto-mercadoria, do comércio de ideologia, da sonegação, do "caixa 2". É chegada a hora da mentira, da ciência do falsismo, da descaratez, da cara lavada. Da velha e mascarada 'política do pão e circo'. Da vetusta dicotomia 'direita x esquerda' ganhar as padarias, os bares e as filas de banco. É chegado o momento de comentar quem apareceu com o terno mais bonito. De quem roubou mais ou menos na gestão passada. De quem vai continuar votando pela manutenção do 'status quo'. É chegado o momento de discutir quem pareceu menos nervoso com a última pergunta do William Bonner. É chegada a hora de rir da falta de dedos, das línguas presas. É chegada a hora de amaldiçoar os almofadinhas do poder, cujos tronos são adquiridos por herança disfarçada, através de uma simples troca de coroa possibilitada por um caríssimo curso de oratória no Sul. É chegada a hora de pregar 'bottoms' com rostos nunca vistos, de colar adesivos com nomes nunca lidos, de pintar os muros com frases já prontas e de vender opiniões nunca sequer pensadas. É chegada a hora da fantasia, da comédia, da chanchada, da cafajestagem em sua prática mais abominável. É chegada a hora das novas técnicas de marketing. É chegada a hora do exercício mais cruel da publicidade. É chegada a hora dos absurdos, das enganosas manchetes. Das puxadas de perna, das traições, das brigas entre coligações, de jogar a favor do vitorioso. É chegada a hora do parecer ofuscar o ser de cada um. É chegada a hora dos gastos inapropriados, das 'doações' vendidas, das falsas modéstias. É chegado o momento dos falastrões. Dos fanfarrões. Dos engravatados com suas pastas repletas de cartões estampados com sorrisos mentirosos...
***
É chegado o momento da culpa, da tragédia, da depressão e do descrédito no sistema. É chegado o momento de lamentar a estrutura, de sonhar com procedimentos inovadores. É chegada a hora de desejar o indesejável. De querer o sonho de uma utopia irrealizável. E é chegado o momento de se perder nos caminhos da tecla verde. É chegada a hora de cumprir o dever, como se deixasse de ser um direito conquistado.
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É chegado o momento de ser hipócrita. Hipócritas, sirvam-se !!! Há diversas oferendas esperando uma mão para empurrá-las em meio à maré da enganação.

3 comentários:

Anônimo disse...

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aunque su no un exacto cupe. GRACIAS!

Anônimo disse...

Ta ai, meu omentário é que concordo plenamente com vc e quando vc estiver escrevendo p os melhores jornais, serei a primeira a fazer a ssinatura diaria dele.Te amoo!!Beijos!!!!!111

Anônimo disse...

oxe alê!!
ele vai dedicar um livro pra mim po!
UHAUAHUAHUAHA.

tenho nem elogios mais...
mto bom o texto,como sempre.

:*