sábado, janeiro 14, 2006

nenhum vírus foi encontrado


O antivírus funciona como uma poderosa arma na busca e apreensão dos diversos males responsáveis pelos infinitos danos aos equipamentos da informática. É certo que não são totalmente eficientes na sua tarefa, pois novos vírus são ininterruptamente fabricados por especialistas em destruição, cujos efeitos são devastadores. Porém, devidamente atualizados, protegem contra muitos danos capazes de deletar arquivos, de destruir programas, de apagar memórias, de devastar equipamentos, entre outros.
Já imaginou quão bom seria se nós, seres humanos, também possuíssemos certos dispositivos que pudessem nos proteger dos danos que certos vírus nos causam? Não falo daqueles vírus já reconhecidos pela Medicina e pela Biologia, mas dos vírus que danificam nossa alma, que ferem nosso coração, que destroem nossos sentimentos, que nos tornam cada vez menores (ou maiores). Falo das injúrias do mundo, dos vírus produzidos pela maldade humana. Falo das demonstrações de falta de caráter, do desprezo às necessidades dos mais necessitados. Falo do descaso com o meio ambiente, da politicagem barata, da violência desenfreada. Da prática da maldade, do desrespeito ao próximo, da falta do bem-conviver. Da fabricação de inimigos e da falta de amizade. De saber que se acaba com algo muito mais rapidamente do que o tempo que se leva para construí-lo. Estes sim são vírus reais, mais poderosos do que qualquer outro já produzido artificialmente.
Pois é, como seria bom que fôssemos equipados com antivírus contra esses males, não? Assim, bastaria uma simples atualização, tão simples quanto um clique no mouse, para retirar todas as desgraças intensificadoras de nossa vergonha, para nos proteger das infiltrações da maldade no homem. É a partir desses “devaneios” que é possível perceber que existem, sim, tais remédios. Que há dentro de cada um de nós um antivírus mais complexo e poderoso do que qualquer objeto invasor. É assim que deve ser percebida a capacidade de destruição do homem: uma invasão capaz de ser combatida. Não acredito que o ser humano é inerentemente destruidor; acredito, sim, que é de nossa natureza a capacidade de renovação. Que podemos nos reconstruir através de nossos próprios erros, que podemos atualizar o nosso antivírus contra tudo o que nos faz sofrer.
Mas a maldade é voraz e sempre se acostumou a esconder de nós um artifício tão importante para a nossa sobrevivência. Os efeitos das tragédias de nós mesmos são tão devastadores que nos impedem de ativar nossos antivírus. E por isso deixamos que nosso HD seja consumido pela mesquinharia, que nossas memórias sejam devastadas, nossos arquivos mais importantes não possam ser acessados...Somos responsáveis por nossos rumos, somos responsáveis por nossas próprias agruras e angústias.
Está certo que não somos protótipos de bondade, mas também não somos projetos de maldade. Como muitos dizem, temos o bom e o ruim dentro de nós...Isso pode até ser verdade, mas o porquê de o mal previamente transparecer é tão deprimente, que me recuso a acreditar que possuímos potencial de destruição. A podridão, a gente consome; não produz. Ela está aí solta para ser absorvida pelos mais fracos. Não nascemos doentes; adoecemos. Nascemos inocentes e somos corrompidos pela corrupção. É triste demais acreditar que somos pré-dispostos para algum mal. É melhor pensar que não temos pré-disposição alguma... Estas vão sendo alimentadas ao decorrer de nossas más/boas experiências, desde a placenta ao caixão.
Como já dito, somos máquinas ambulantes de reinvenção, não de tragédias, e do mesmo modo que fabricamos armas de destruição, podemos fabricar antídotos de sobrevivência. Contesto plenamente o derrotismo e aprovo conscientemente o otimismo no mundo e nos seres humanos. Somos capazes de derrubar árvores, mas podemos plantá-las. Matamos, mas criamos vida. Roubamos, mas damos presentes. Erramos, mas acertamos depois. Caímos, mas levantamos em seguida. Odiamos, mas amamos. E amor é muito, mas muito maior.
Enquanto houver mãos para lutar pela vitória, não estaremos derrotados. Devemos sempre admitir que temos um potencial de mudança bem maior do que nós mesmos ou qualquer outro acreditam. E esse antivírus é a consciência de que somos capazes de burlar os maus exemplos e aprender com eles e não praticá-los, mas superá-los. Quem já superou alguma doença que parecia irrecuperável ou que já atingiu limites aparentemente inalcançáveis sabe do que eu estou falando. Enquanto existir a força para não desistir, a força de resistir, nós podemos sonhar com um mundo menos injusto, menos sedento por sangue, com menos disputa e mais ajuda. É assim que se conquista o caminho de momentos mais felizes, com boa vontade e certeza de êxito.
Nossos antivírus são nossos ideais. É preciso perceber que possuir um ideal não é ilusão, mesmo que o Mal seja tão grande a ponto de nos fazer querer jogar tudo pro alto e nos entregar. É Neste momento que temos a maior certeza de que devemos prosseguir, pois é sinal de que o mundo precisa mais do que nunca de nossos ideais, para que o Bem seja maior. Nunca é pouco acreditar. E acreditar não é um simples sopro no vento. É fazer ventar!
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Mais um texto de uma leva meio antiga. Este, na verdade, é o segundo de uma tentativa pessoal de fazer brotar em mim alguém que escreve no sentido estrito da palavra e não só "escreve" histórias loucas que se perdem nas loucuras da mente. Nossos antivírus são nossos ideais. Não deixe seus ideias se perderem em suas loucuras e faça um pouco de vento com os papéis de suas idéias.

4 comentários:

Anônimo disse...

sessao textos anitgos...
ai como tu é culto!
uhauahua

quero te ver logoooooooooo
bjos

Anônimo disse...

losszitooooooo eu sei que disse que ia ler mais ainda nao deu...... vou tentar vim mais tarde.... caso nao beijaoooooo e como vc nao diz que tah com saudades eu tambem nao vou dizer!!!! ahahzhhahhahahahaha

e manda meu beijo pra flor!!!!!

Anônimo disse...

Prometo voltar e ler com atenção.... Então, deixo o comentário pra depois. Adoro vc!!! bjão!

Anônimo disse...

tu é um doente mental xD
fuck you